O que é?
O câncer de ovário um câncer ginecológico difícil
de ser diagnosticado. A doença pode se originar de qualquer celular do ovário,
mas o mais comum é que inicie nas células epiteliais (que recobrem) a glândula
ovariana.
Como ele se manifesta?
Cerca de 3/4 dos tumores malignos de ovário
apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico inicial. Os
sintomas mais comuns são crescimento do volume abdominal, geralmente por
acúmulo de líquido (ascite). Massas ovarianas podem ser identificadas em exame
de rotina ou imagem pélvica realizada por acaso. A presença de cistos no
ovário, bastante comum entre as mulheres, não é problema na maioria dos casos.
O perigo só existe quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e
líquidas.
Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico de câncer de ovário é feito através
de obtenção de material para análise patológica. Idealmente, há necessidade de
cirurgia realizada por profissional experiente neste tipo de operação e envio
de material amplo para patologia. Eventualmente, se há líquido livre na
cavidade abdominal, punção deste líquido e análise de citologia pode ser
positiva para câncer (líquido com presença de células tumorais). Associado a um
maçador tumoral coletado no sangue, chamado Ca-125, é possível fazer o
diagnóstico do câncer de ovário.
Quais os principais tratamentos?
A cirurgia completa (com mínimo possível de doença
residual) é muito importante no tratamento deste tumor. A grande maioria das
pacientes vai necessitar de tratamento complementar (chamado adjuvante) com
quimioterapia endovenosa (a base de drogas classificadas no grupo das
platinas). Em algumas situações, a quimioterapia é realizada antes da cirurgia
completa (tratamento neo-adjuvantes). Em algumas situações especiais, a
quimioterapia ode ser feita diretamente no abdome.
Quem eu devo procurar?
O treinamento do profissional nesta doença é peça
fundamenta para sucesso do tratamento. Toda paciente deve ter um oncologista e
um cirurgião ginecologista habituado com este tipo de cirurgia ou cirurgião
oncológico.
Quais os fatores de risco?
Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão
relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. Cerca de 90% dos cânceres
de ovário são esporádicos, isto é, não apresentam fator de risco reconhecido.
Cerca de 10% dos cânceres de ovário apresentam um componente genético ou
familiar. História familiar é o fator de risco isolado mais importante.
História de câncer de mama também é um fator de risco bem estabelecido.
Prevenção - Como realizar?
Não existe exame recomendado de rotina para detecção
precoce (triagem) de câncer de ovário. A recomendação atual é que toda mulher
deve realizar exame ginecológico de rotina e seguir as orientações de seu
médico quando identificada alteração.
Após o tratamento como fazer acompanhamento?
Marcadores tumorais são substâncias detectadas no
exame de sangue e que aumentariam na presença de tumores malignos. No caso do
ovário estas seriam o CA 125, a Alfa-feto-proteina e o beta-HCG. Estes
marcadores têm baixa especificidade com grande número de falsos positivos. Os
marcadores são muito úteis no seguimento da paciente com câncer de ovário,
porém pouco confiáveis para o diagnóstico inicial. O CA 125, por exemplo, pode
estar elevado em doenças benignas como o mioma uterino ou a endometriose.
Existe controvérsia sobre vantagem de realização de exames sistemáticos, mas há
consenso que toda paciente que teve câncer de ovário deve consultar e realizar
exame com seu médico por 5 anos.
Fonte: http://www.institutodocancer.com.br/php/index.php?link=5&sub=9
Fonte: http://www.institutodocancer.com.br/php/index.php?link=5&sub=9