segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CÂNCER DE OVÁRIO




O que é?
O câncer de ovário um câncer ginecológico difícil de ser diagnosticado. A doença pode se originar de qualquer celular do ovário, mas o mais comum é que inicie nas células epiteliais (que recobrem) a glândula ovariana.
Como ele se manifesta?
Cerca de 3/4 dos tumores malignos de ovário apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico inicial. Os sintomas mais comuns são crescimento do volume abdominal, geralmente por acúmulo de líquido (ascite). Massas ovarianas podem ser identificadas em exame de rotina ou imagem pélvica realizada por acaso. A presença de cistos no ovário, bastante comum entre as mulheres, não é problema na maioria dos casos. O perigo só existe quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e líquidas.

Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico de câncer de ovário é feito através de obtenção de material para análise patológica. Idealmente, há necessidade de cirurgia realizada por profissional experiente neste tipo de operação e envio de material amplo para patologia. Eventualmente, se há líquido livre na cavidade abdominal, punção deste líquido e análise de citologia pode ser positiva para câncer (líquido com presença de células tumorais). Associado a um maçador tumoral coletado no sangue, chamado Ca-125, é possível fazer o diagnóstico do câncer de ovário.

Quais os principais tratamentos?
A cirurgia completa (com mínimo possível de doença residual) é muito importante no tratamento deste tumor. A grande maioria das pacientes vai necessitar de tratamento complementar (chamado adjuvante) com quimioterapia endovenosa (a base de drogas classificadas no grupo das platinas). Em algumas situações, a quimioterapia é realizada antes da cirurgia completa (tratamento neo-adjuvantes). Em algumas situações especiais, a quimioterapia ode ser feita diretamente no abdome.

Quem eu devo procurar?
O treinamento do profissional nesta doença é peça fundamenta para sucesso do tratamento. Toda paciente deve ter um oncologista e um cirurgião ginecologista habituado com este tipo de cirurgia ou cirurgião oncológico.

Quais os fatores de risco?
Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. Cerca de 90% dos cânceres de ovário são esporádicos, isto é, não apresentam fator de risco reconhecido. Cerca de 10% dos cânceres de ovário apresentam um componente genético ou familiar. História familiar é o fator de risco isolado mais importante. História de câncer de mama também é um fator de risco bem estabelecido.

Prevenção - Como realizar?
Não existe exame recomendado de rotina para detecção precoce (triagem) de câncer de ovário. A recomendação atual é que toda mulher deve realizar exame ginecológico de rotina e seguir as orientações de seu médico quando identificada alteração.

Após o tratamento como fazer acompanhamento?
Marcadores tumorais são substâncias detectadas no exame de sangue e que aumentariam na presença de tumores malignos. No caso do ovário estas seriam o CA 125, a Alfa-feto-proteina e o beta-HCG. Estes marcadores têm baixa especificidade com grande número de falsos positivos. Os marcadores são muito úteis no seguimento da paciente com câncer de ovário, porém pouco confiáveis para o diagnóstico inicial. O CA 125, por exemplo, pode estar elevado em doenças benignas como o mioma uterino ou a endometriose. Existe controvérsia sobre vantagem de realização de exames sistemáticos, mas há consenso que toda paciente que teve câncer de ovário deve consultar e realizar exame com seu médico por 5 anos.


Fonte: http://www.institutodocancer.com.br/php/index.php?link=5&sub=9

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